Eu vivo assim, meio avesso.
Meio torto, estranho.
Angustiado com o próprio existir.
Numa ânsia de saber, muito antes de viver.
Divago assim, meio perdido.
Aborrecido.
Vou assim mesclando palavras.
Com café amargo, fumo ardido.
Mesclando saudades, nos olhos amanhecidos.
Carregando incertezas, sonhares.
Um óculos escuro, para os dias de lágrima.
Tinta fresca, para colorir a tristeza.
Para pintar de arte a morte, a vida.
Sabe qual a mais sofrida?
Um barco à vela estancado.
Navio naufragado.
Estrela em colapso.
Perdido, em mares e bocas.
Tempestades de pernas e sabores.
Navegando sozinho.
Sob a lua distante.
Empalidecendo as noites,
Brindando o amar.