Sou matéria orgânica, em apodrecimento, envelhecendo, morrendo, como tudo que vive.
Sou humano, dono de mim, pensante, alucinatório, expressivo e inconstante.
Um simples sopro de vida no mundo. Uma mistura meio inexata de células, sangue, sentimentos, cromossomos, Xs, Ys, pensamentos, sonhos. 
Involuntariamente lutando por uma guerra sem valor ou ganhador. Jogado ao carrasco sem nem sequer uma recompensa por minha cabeça.
não espero ganhar nada que posso tocar. Não quero carregar fardos.
Não quero posses nem palácios, pois tudo virará pó no decorrer do tempo.
Não quero pertencer a nada que possa consumir, ser livre e nada mais, não ter o que ganhar nem o que perder. Sem túmulo pra chorarem, nem lápide pra lembrarem. Virar adubo no ciclo biológico da existência!