Inconsequentemente nos jogamos, em abismos já explorados, em batalhas já perdidas, em sonhos já desfeitos.
Caímos por vezes seguidas, para nos levantarmos, caminharmos e cairmos na mesma sarjeta outrora visitada.
Apanhamos na cara, com uma luva leve e macia, que machuca mais que o mais forte dos golpes.
Não querer mais caminhar é nosso direito, até mesmo quando nosso corpo grita que sigamos em frente.
Que me amputem os sentidos, se sentir se ressume a sofrer, que me excluam a vida, se por viver ressume-se a te querer.
A tão acolhida sagacidade juvenil, já não sacia meu desejo, as ruas antes fiéis companheiras, já não acalmam meu sofrer.
Aqui deixo o desafio, se alguém descobrir a viagem intergalática, me avise, pois nesse mundo, não encontro mais razão para habitar.