minha mão já calejada clama por mais uma batalha, e do teu lado só vem serenidade e calmaria, a calmaria que afunda os navios, e mata os marujos de fome.
Abando a calmaria do teu mar de desdém para entregar-me a fria guerra do que nem sei que em espera.
Entregar-me a estrada, onde até mesmo as cortesãs são mais dedicadas que teu frio beijo roubado.
 Nem carta de despedida, nem canção de adeus espero de ti, nem mesmo um aceno de adeus sei que verei. Da tristeza de uma despedida não espero nada, as lágrimas que derramaria, guarde-as pois um dias elas lhe serão necessárias.
Despeço-me de todos e parto, agradeço aos carinhosos amigos, aos gentis mentirosos, as caricias compradas, aos socos trocados, e até mesmo as palavras soltas ao vento.
Não esperem me ver sorrindo de braços abertos por ai, esperem sim ver um lamento no ar, um vento triste soprando ao meu lado, uma longínqua e infindável lamuria, por saber que a solidão é meu único alento.