Enquanto vocês cantam seus hinos pré fabricados, eu sigo aqui escutando os gritos de revolta de meus heróis mortos.
Aspirando desejos passados, e vivendo sonhos esquecidos.
Não vim deixar recados prontos, nem frases de indiretas.
Não me serve ser outra pessoa.
Quero viver algo de bom, quero que vivam algo de bom.
Em meio a mentiras, luxurias e venenos comprados em gramas, adoeces-mos e nos matamos uma grama por dia.
Juntando medo e frustração.
Teus olinhos me chama de louco, mas teu peito clama por loucura.
Como num bolero tocado a meia noite, eu me vou triste.
Menina, tome tua dose diária, menino suje seu sangue mais hoje, pois assim conseguiremos agüentar, pois assim conseguiremos fugir, pois assim não precisamos ver.