de sorrisos falsos, e amores bonitos, de vagas lembranças de vidas vividas e de vidas esquecidas vou mantendo minha sanidade, tão obscura quanto uma masmorra sem vida, ou um poço sem água, vou relinchando as palavras de todos os autores mortos que me veem a cabeça, datilografando no ar as vidas que eu queria ter vivido, mas por covardia ou puramente medo me abdiquei, caminhando em frente, tropeçando nos próprios pés, as vezes deslizando para traz por sobre toda a merda que deixamos no nosso caminho, nosso rastro é sujo e podre, nossa herança são mentiras contadas numa tela brilhante, de fato, não temos nada, além de ilusões, além de velhas promessas com novas capas.
nossos heróis nunca existiram além do que em nossas mentes.
como um bando de marionetes seguimos a linha tênue da vida,
estamos frustados, acabados, e sem esperança, no prendemos em mentiras velhas, porque nem mesmo uma nova mentira surge nesse mundo a muito já ressequido de vida.
e assim não temos saída, não temos fuga, não temos ação.
o mundo acabou, só ainda não nos damos conta